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quinta-feira, 28 de abril de 2011

O QUERERES - Caetano Veloso e Chico Buarque




"Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah, bruta flor do querer
Ah, bruta flor, bruta flor... 
...


O quereres e o estares sempre a fim
Do que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim"

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. pra Amelie Poulain ;

    De repente II
    Objetos me rodeiam e me confudem a mente,
    pessoas passam e despassam na minha frente
    Luz bruxuleante, objetos antigos
    ars longa, vita brevis
    Requiem in pax, te deum laudamus, te dominum confitemur, te a eternum patrem, et lux perpetua, etc
    Observar ao redor e ser invisível
    Tecer a vida e ser quase imperceptível
    É um paradoxo tácito, taciturno e incrível
    Adormecer, amortecer, a dor e amor tecer
    Enlouquecer, esquecer, espairecer
    Crescer e aparecer, sem ser
    Chama engana, outra trama, outro poema
    Chame o teorema e esbofeteie-lhe a cara
    Cotidiano, dia estranho, que alguém encara
    Cara a cara, tête-a-tête
    Pas de deux, coup de ballet, au rez de chaussée,
    Blablabla
    Presto agitato, allegro con brio
    As palavras já não me cabem mais


    fale com ela s x.x
    eu sou uma borboleta de asas quebradas x.x
    nem sei como.
    retóricas. sou fail. kd Nietzschedsz?

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