eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Tiro os versos do relento 
Com os gemidos de Baco
Para abstrair um sentimento
Vejo um Narciso descabelado 
Ressurjo em abstrato lamento
A manhã levou parte de mim
Parece tarde para me redescobrir
Imerjo à nau de mar lacrimal 
Quero acordar numa caldeira do sol





domingo, 28 de abril de 2013

sou dura amargura
visto gélida armadura
pois amor não dura
nem o tempo apura
mas amar cura

Me percorra

Me dê amor e me entorpeça
Me adormeça em seu corpo
E se despeça da vida
Me replique em vários
Encantos e torpores
Me impressione
Ou recorte cubista
Me estanque
Me sangre
Irrompa e
Pontue
Me
.

Sem

Desligo parabólicas
Erradico pragas
Exorcizo  demônios
Paraliso sorrisos
Fora do ar, série e sintonia
Fora de mim
E de você
Terráqueo exilado
Em terra de ninguém

(tirado dos rascunhos antigos do blog)

Ser tão envolto

Caminho para Brasília
Cidade armadilha 
Subterfúgio de mim 

Enlevo aliterações 
Entre serras e chapadas 
Nas estradas de Cavalcante

Sinuosa liturgia amante 
Indelével delírio 
Deleite de liberdade errante

Trago lima, abóbora, amendoim
A face queimada pelo sol
E um sertão inteiro no coração



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Distimia

Cata-vento translunar
Catatônico limiar
Tempo vão
Disperso em palavras
Olhar são
Intrépidos trejeitos 
Transbordo algo
Reparo, concerto
Mecânico 
Sem diagnóstico