eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Felicidade me é dês-existir, me vem furtiva e casual, não é causa nem reação, é solta, independente de mim, desprendida, despida;

Alegrei-me quando dancei ao lado da lua
lágrimas escorriam estelares por meus olhos cadentes
como vagalumes tecendo-se em pontinhos luminosos
eu só admirava da janela este ainda inacreditável satélite

Já criança apertava os olhos debaixo dos lençóis
a escuridão enlaçava-me ao espaço-inconsciente infantil
eu era puro vento, nunca tive um ventre
era e só tinha meu puro céu de nada-ser

A morte não existe, é invenção de gente tola, e tenho dito.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

não posso viver poesia
ela enfada o meu amor
não se contém
nem mais o alcança

vale menos que uma rosa de semáforo.