eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ocupar cada segundo, obstruir cada espaço a construir a casca, tênue lânguida casa, se desmancha antes da primeira nevasca à poeira seca que inala, passos soltos, envolto ao entorpecimento de quem não pensa além do casulo imutável. teia de consternações, tela de complicações e fragilidades insones. intrépido escrito, ensejo artifício, ultrapasso, carnificina, pode doer, não me importo. vou sair, estou ficando velho, parei com isso.

Ágora ao léu

Prostrar-se ora troar raros dias
Entre linhas repetir a zorra
Retorcer à toa, enternecer auroral

Trovador idôneo
Atuo a tua trova
A tu a minha pólvora

Palavrório de versos e usuras
Rasuras de outroras
Esboços hodiernos

Proa ao léu
Resplandeço
Em poentes



















terça-feira, 9 de agosto de 2011

vieses
diégesis - eos
aos eros
contos
actos cruzados

auto fecundo
anteros eunuco
insuflação idiossincrática
liames líricos
eus pífios

terça-feira, 2 de agosto de 2011

a dor meço

Parece ambivalência essa opulência, magnificência, revestida de arrogância e hostilidade, um ultimo suspiro da noite arrefecida às duas da manhã, da indiferença sonsa e imaculada, vitimizada por um pedido de desculpas. Estratagema estratosférica ! Um dia exilado em minha terra, eximido dos grilhões que ditam os passos, exíguo em infindo espaço, onde tudo e nada eram coisa unica. E vem este vernáculo, indômito, antídoto, em veneno. Murado, lamentos escritos por unhas e sangue, distorço o vocabulário infante . Infâmia, fronte a fonte da vida sublime e escoa a partida, repartição de almas, e órgãos, em grãos, miríade de palavras desesperadas por uma ofensa que resplandeça amorfo e vítreo sua dureza cristalizada, antes que se dilua ostensível em olhos alheios.