eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tráfego

Ócio desgosto, remorso contorço 
Com caco de telha, com caco de vidro
Retruco, trago e não mudo, transmito
Minto para não emudecer os dias 
E você repete a sua vida na minha

Na minha sina sinistra
Insisto em contornar multicor
Conurbações de emoções 
Simultânea miríade de sinais
Acidentes no trânsito e hospitais

A flor do ipê caiu
A greve acabou
Os lençóis e cobertas
A tranca e a porta
O vermelho

Conecta

Denuda a parte do corpo
Expurgo da carne em si
Descoberta do próprio ser
Reverbera, carne, toque



terça-feira, 10 de julho de 2012

Chão

Voltar, menos verborrágico
Severamente cru e inóspito
Sobra incredulidade infame
Negativo pensamentos

Vulnerável brisa matinal
Raio solar, lágrima e fuligem
Penumbra de alma em mim
Vamos voar juntos  


Gente faminta
Sol na cabeça
Pé na estrada
Vamos caminhar