eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Reductio ad absurdum - monólogo ao tempo

Manhãs finalizando em meu acordar 
Por poucos passos, tropos e impasses 
Degredo degraus de tempo nenhum 
Ao crono, espasmo,  jaz pleno luar.

Vai ser livre em silêncio sideral
O tempo tem alma, apressa quem não sou
Se cale que não falho, ou não o assumo 
Também não sejamos, outro.

Recolha uma estrela e ascenda daqui 
Dreno tudo num segundo
Dispo olhares alheios, desenganando-me 
Sei que imagino seres, que seria tantos e ninguém.  

mas não sou visto há... tanto 
que ora pois desisto. 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

0

prélio disrítmico
condenso e rarefaço-me
rasgo erro contorno derramo
metades equívocos
in - sônico óspito crédulo
o mesmo

(...apagogia de mal gosto)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Liquefação




Silêncio caliginal e ininteligível
Chirreio em arranque das aves
Sutil ao sopro do vento

Solista de supernovas
Velejo em ressaca marinha
Sorvedouro de rebocadores impassíveis

Conluio lacrimal
Escorro ao marasmo imenso
Breve e tênue retorno às origens