eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Triste história

Entorpecimento pusilânime, clarabóia de vida ou desfalque permanente. 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A prender

Não é agudo nem embotado
Palavra nenhuma ou tato o alcançou
Prazo vencido e inquérito abandonado.

Sentido como um adorno veloso e poroso
As pequenas mãos nuas e os pés frios
O sol  revestido pela cortina pungente.

Pensa em transformar rascunhos 
Em pessoas que talvez existam
Inerte em seu quarto pensa inebriado. 


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

nada

Hei de expor além dias revelação com euforia. Senti de verdade! A vida, pouco crua mais que o habitual. Com brisa sobre os poros da pele, rochas provocantes e uma liberdade persuasiva, não, vulgar! Enfado, me sinto tolo, como que me traindo em ilusão, a vida assim passada, assim gasta e avariada. Tanto que já prevejo que assim o seria, mal caminho, má índole, íngua do berro bestial, minha bahia baquial, minha respiração branquial fadada a usar bomba de oxigênio. Língua da minha natureza, lixo da minha pureza, palavras vãs sobre o coice de minha leveza nas minhas costas em contra-correnteza contra-intelectual, inter loquaz de excêntricos, espantos, espasmos entre o ser ou não se importar, et cetera e tal, conjugação boçal de verbos pleno bacanal.
Achando que fosse mais feliz, que não voltaria a tantas, tantos, eus, todos mesmos e vocês. Tantas, miragens, paisagens, passagens, paragens, pradaria, cinema, poesia, amor verbal, carnificina in natura! Revelação implícita e  inócuo, eu não, sou de doer, me doo mais que sou, e soo temeroso à confusão entre a sanidade das pessoas.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Terra-tácito

De pleno ventre de gazeta
As peçonhas já nem choram ao nascer
O templo acrônico amordaça
E ao diálogo sequer tempo de florescer

Monocromo, brando espanto
Deu-se um acordo de instituição fraternal
Regulou a benção do banco
Limpou a terra da grama sintética do quintal

Provérbio revérbero
Amar desamarros
Em pele de árvore
Faço-me terráqueo