eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Era a filha da moça do sacolão, que em minha infância vi na igreja duas vezes e aqui no bairro cruzei em outras. Alguém de se passar despercebido na mais normal banalidade dos assuntos cotidianos. Alguém que se banalizou até o dia da morte. Dizem que o último suspiro foi um vômito de sangue. Me sinto velejar nessa imensidão acarminada, ermo que provoca profundo sono, lúgubre calmaria inebriante. O tempo se contrai nesse sopro, tão curto pra ela, tão longo pra mim. Adormeço em devoção.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
O Corvo
Escrever sem temer o segredo
Sussurrar neste agreste degredo
O poeta infante está morto
Acorrentado ao pêndulo
Suspenso anacrônico
Hóstia podre da absolvição
Antropofagia da resignação
Encouraçado no fundo do poço
Preferiria Potemkim, inquisição espanhola
Ao poço sem fundo do amor de outrora
Sussurrar neste agreste degredo
O poeta infante está morto
Acorrentado ao pêndulo
Suspenso anacrônico
Hóstia podre da absolvição
Antropofagia da resignação
Encouraçado no fundo do poço
Preferiria Potemkim, inquisição espanhola
Ao poço sem fundo do amor de outrora
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