eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

terça-feira, 26 de junho de 2012

Orbitar

Vagueio em tua intrepidez intrusiva
Percorro teu cerne irrefutável 
Provo do néctar da imortalidade
Povoo cada átomo  de nós      
Tua austeridade dissoluta
Ambrosia, âmbar-gris
Translação de céu e inferno
Noites nuas em solstício de inverno  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ressaca Marinha


Soltura, cai na estrada
De volta para casa
E meus anseios
E vícios e vísceras
E demônios
Irrompo temeroso
Em negação
Em mim 


-

A liberdade da calça e das calçadas
Passarelas da carne
Da alma enfadada
Ipanema, muda
Surda
Ao meu clamor


-

Quimeras e penas de fadas esfarrapadas
Coitadas e pobres são minhas desalmadas
Se dissolvem em inertes devaneios
Olhos e vestes reluzem e refletem
Já quase ofuscam a minha alegria
Faunos e ninfas e lágrimas 


-

Volição em expansão estelar
Correntezas de céu e aléns
Conformismos e aquéns
Tormenta harmônica
Dentro do mundo
De dentro
De mim


-

Confrangido em
Franzino ego
Retraio expurgo
Contração de miríades
Narradas ao mar
De mim


-

Latejo ou pulso breve nesta rodovia
Refluxos de emoções e assombros assoviam
Atropelo conceitos, tristeza ou apatia
Transgressão hodierna revela-se primordial
E o ancião tranquilo revela-se ao ultimo nascer do sol