Um dia depois do outro, a alma vazando pela sola do sapato. Um filme iraniano para momentaneamente esquecer o tempo, outro em seguida para reforçar minha solidão. Três páginas de um romance para Morfeu comiserar-se de mim. Fechar os olhos tíbios para o mundo. Deixar pra lá as engrenagens sociais, os afetos mais orgânicos, as fórmulas do progresso, os cometas e o papa, deixar se é sonho ou realidade, deixar ser...
eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios
sábado, 16 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
O ex marido esteve de passagem na casa dos filhos, tempo suficiente para ajudar o mais velho, de vinte e dois, a instalar o chuveiro novo, sob o nervosismo da mãe que temia algo de errado. Por problemas na rede elétrica da casa, era comum que o chuveiro queimasse. No dia seguinte, a menina, de dez anos, cuidadosamente abre o mínimo do registro, para a água sair fumegante. Enquanto o banho, o rapaz mais velho escova os dentes sentindo-se numa sauna, conta à mãe sobre a elevada temperatura em que a irmã se expunha, que fala com ar de esperteza "falei pra ela que o chuveiro não fica quente, pra ela não queimar de novo".
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