Poesia e cachaça
Vem em sinônimos
Um como axioma
O outro, sintoma
eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
O tempo me transpôs em um risco esbraseado, há dez anos coage qualquer aproximação. Só por frestas castanhas, azuis, olhares ao âmago de nós, acalmaram-se momentos perenes de nostalgia. Atrás destes encantos fiz lamentos rotos, me parti a cada ida, esvaeci em relicário de toques e sonhos. Me entorpeci em cores, sons, sensações. Frágil e sinuoso contorno da alma em evaporação.
Há fuligem dos lençóis em repouso, eco e cascas de cigarras, cacos de um breve dia que se prolonga, hoje, palavras que delineiam o corpo e pousam texturas.
Há fuligem dos lençóis em repouso, eco e cascas de cigarras, cacos de um breve dia que se prolonga, hoje, palavras que delineiam o corpo e pousam texturas.
Toulouse Lautrec - "Bed" |
quinta-feira, 3 de março de 2011
Eletrencefalograma
Torpor precoce percorre o breve tênue fio e
Tambor-ilha aos pulsos-baques contra-estacas
Esquenta e reitera a frequência aorta percorre e
Volta o chão de íris colibris escorrendo o teto
À janela aberta ebule a pele queima o quartzo
Tinge o peito púrpura em ártico desértico
Princípio precipito - blandícies impróprias
Ostenta escuso o hospicio-adorno
Pulula auspicioso o prélio prepuciar
Tambor-ilha aos pulsos-baques contra-estacas
Esquenta e reitera a frequência aorta percorre e
Volta o chão de íris colibris escorrendo o teto
À janela aberta ebule a pele queima o quartzo
Tinge o peito púrpura em ártico desértico
Princípio precipito - blandícies impróprias
Ostenta escuso o hospicio-adorno
Pulula auspicioso o prélio prepuciar
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