Quando eu sonho, não saio, resisto até o último ressonar que se mistura aos lamentos da realidade. Abandono todas as minhas responsabilidades. Responsabilidade. Não respondo por meus próprios atos, nem por ninguém, sou etéreo. Aéreo ao campo da racionalidade. Ele é distraído, perde suas coisas o tempo todo, está sempre atrasado. Sou Metafísico, as coisas são só coisas. Pode ser um caminho, mas muito mal fundamentado. Por isso prefiro Kafka. O absurdo em uma descrição simples mas exaustiva. Logo percebo que a descrição não justifica o fim do pensamento. Continuará sempre sem fim, por isso escrevo, penso e nego.
Quando parar? Aceitar a falta de um grande final, na busca de sensatez e discernimento, tem me parecido um bom caminho. E por aqui consolido em legíveis pensamentos a abertura de um caminho para a criatividade desinibida. O contraditório automatismo construído para a liberdade individual e social está em desmonte.
Um abraço.