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terça-feira, 8 de maio de 2012

Amargo (em doce companhia)

Talvez para saber beber café precise entender qual a razão deste ato. Sei que pouco gosto de adoçado, mas não me entendo com cigarros. Observo o casal da mesa ao lado, conversam e sorriem. Abro o livro comprado há pouco, me foge à distração dos murmúrios. Passa um conhecido sem me ver, penso em acenar, levanto a mão, incerto, desisto, seria mais uma conversa impertinente alimentada por minha solidão pedante. Acho que tomo o café rápido demais, se ao menos acompanhasse um capítulo da leitura. O garçom se aproxima para retirar a xícara, peço que a deixe comigo por mais um tempo.

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