eixo do trapezista funâmbulo
faíscas insones de filigranas
engrenagens do tempo
drenagens da alma
ossos, ensaios
desmaios

quarta-feira, 9 de março de 2011

O tempo me transpôs em um risco esbraseado, há dez anos coage qualquer aproximação. Só por frestas castanhas, azuis, olhares ao âmago de nós, acalmaram-se momentos perenes de nostalgia. Atrás destes encantos fiz lamentos rotos, me parti a cada ida, esvaeci em relicário de toques e sonhos. Me entorpeci em cores, sons, sensações. Frágil e sinuoso contorno da alma em evaporação.
Há fuligem dos lençóis em repouso, eco e cascas de cigarras, cacos de um breve dia que se prolonga, hoje, palavras que delineiam o corpo e pousam texturas.

Toulouse Lautrec - "Bed"

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